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sábado, 25 de abril de 2015

Para crentes

Procurando um poeta
Que imprimisse em suas folhas
As mais fundas angústias
De sua alma
De minha alma
Para que eu me identificasse
Com pelo menos algo
Nesse mundo corrompido
Onde não há um só justo
Nem quem procure o bem

Porque eu não sou capaz
Já tentei e tento de novo
Nesse poema torto feito eu
Que mal começou a caminhada
E, por ter sua juventude
(Junto com todas as utopias)
Cada vez mais esmagada,
Quer desistir e partir
Para um lugar melhor
Onde poderá se identificar
Com o único digno
De ser admirado