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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Derrota

Estou lhe escrevendo pois estou preocupado com umas certas mudanças que estão acontecendo por aqui.
Você deve saber do que estou falando, mas mesmo assim faço questão de apontar alguns dos exemplos: eu posso interpretar a maneira que ela está o olhando; o pulmão começou a perder o fôlego cada vez que ele está presente -como se ele é tão novo e saudável?!- e você acreditaria se eu te dissesse que apareceram borboletas no estômago? Sim, borboletas! Ah, e não podemos nos esquecer do senhor, afinal de contas você não se acelera por qualquer um, não é mesmo?
Creio que você saiba disso pois também acho que você é o responsável por todas essas mudanças. Mas logo você? Não gostaria de mexer no passado e revirar feridas, porém eu também sou constituído por memória, se lembra? Pois bem, devo confessar que fiquei surpreso pois o senhor é o que mais sabe no que isso pode dar e no que já deu no passado... Também, como poderia se esquecer se as cicatrizes ainda estão presentes para o lembrar!
Voltando ao princípio, gostaria de te dizer que toda a vez que você tira o comando de mim e o assume, os resultados não são tão... bons. Contudo, não o culpo. Não poderia já que estou admitindo derrota. Ele também invadiu parte de mim! Eu não consigo parar de pensar nele, todos os momentos com ele foram arquivados na memória e agora a razão não tem força o suficiente contra este... ah!.... sentimento.